Para o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, o Banco Central (BC) mostrou por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho que está satisfeito com a sua política monetária. “Ou seja, no curto prazo não teremos mudança do atual patamar da Selic”, disse Souza Leal na manhã desta quinta-feira, 26. Atualmente a taxa básica de juros, a Selic, encontra-se em 11% ao ano.
De acordo com o economista, um dos pontos que confirma a satisfação do BC com a política monetária é a menção de que o hiato do produto está deflacionário, o que está em linha com a volta da média de reajuste dos preços ao consumidor para próximo do centro da meta inflacionária no horizonte relevante para a inflação.
“O BC botou ênfase no fato de que os efeitos da política monetária estão por se verificar e que a trajetória do câmbio é favorável à convergência da inflação. Ele citou várias vezes que o hiato do produto tem uma tendência deflacionária”, disse.
Ainda de acordo com Souza Leal, no RTI a autoridade monetária reconhece que no curto prazo a inflação deve se mostrar resistente por causa da necessidade de se ajustar os preços administrados, mas que, no cenário à frente, a inflação deve ceder.