O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, prometeu um orçamento mais doloroso para reduzir a dívida pública nacional. O orçamento para o próximo ano fiscal, que começa em primeiro de julho, será revelado ao Parlamento na terça-feira, a partir das 6h30 (de Brasília). O orçamento também deve afetar politicamente a coalizão eleita em setembro, quando prometeu não elevar impostos.

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Em entrevista à radio 2GB, de Sydney, Abbott confirmou que um imposto sobre a gasolina, que estava congelado desde 2001, voltará a ser reajustado pela inflação. Ele explicou que a receita extra será destinada a gastos adicionais na construção de rodovias. O primeiro-ministro também confirmou uma taxa sobre os altos rendimentos e que os subsídios do governo para a educação universitária serão reduzidos.

A mídia local especula que o governo também irá passar a cobrar por alguns serviços médicos até então gratuitos, irá aumentar a restrição a benefícios do governo e cortará milhares de empregos públicos. “Se você estiver olhando para o Orçamento com o seu próprio interesse, então você pode se desapontar. Mas, se estiver olhando para o interesse nacional, você irá aplaudir”, disse hoje o principal autor do Orçamento, Joe Hockey, na saída do Parlamento.

O líder da oposição Bill Shorten rotulou o Orçamento como uma agenda de promessas quebradas e prioridades tortas. O governo pode sofrer para aprovar algumas medidas no Senado, onde a coalizão de Abbott não detém a maioria. Fonte: Associated Press.

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