O abastecimento de gás natural para as indústrias, comércio e residências do Paraná não será afetado pela atual conjuntura política da Bolívia, informou ontem a Compagás em comunicado à imprensa. Segundo a empresa, o gás que chega ao Paraná, a Santa Catarina, ao Rio Grande do Sul e a parte de São Paulo vem de Santa Cruz de la Sierra, na parte baixa do país. A paralisação dos sindicatos de gás natural atinge a região de La Paz. Além disso, a Bolívia decidiu suspender apenas os novos contratos com os Estados Unidos e o Chile, e não incluiu o Brasil nessa medida até porque o contrato do governo boliviano com a Petrobras, responsável pela distribuição no País, é uma das principais fontes de receita da Bolívia.
A Petrobras tem um contrato de compra de 30 milhões de m³/dia da Bolívia e, hoje, utiliza 17 milhões de m³/dia. Ela vende o produto para as distribuidoras de gás natural dos estados, como é o caso da Compagás. Do disponível de 1,9 milhão de m³/dia, a Compagás utiliza em média 600 mil m³/dia para abastecer 66 indústrias, 10 estabelecimentos comerciais, 3 edifícios residenciais, 2 células de combustível e 14 postos de gás natural veicular.