Abastecer o carro com etanol segue desvantajoso na cidade de São Paulo. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que a relação entre o preço do álcool combustível e o da gasolina avançou e passou de 70,44% na última semana de abril para 70,82% na primeira de maio.

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A despeito de a equivalência entre os preços dos dois combustíveis ter aumentado entre uma semana e outra, o etanol teve queda expressiva em outro levantamento da Fipe. Na segunda quadrissemana de maio (últimos 30 dias terminados na quarta-feira), o álcool combustível registrou variação negativa de 2,14%, depois de um recuo de 0,84% no final de abril. Já a gasolina teve deflação de 0,21% ante elevação de 0,13% no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que mede a inflação na cidade de São Paulo. O IPC-Fipe, por sua vez, ficou em 0,45% em relação a um aumento de 0,53% no fechamento do mês passado.

A expectativa do coordenador do IPC-Fipe, o economista Rafael Costa Lima, é de que abastecer o carro com etanol fique mais vantajoso nas próximas semanas e especialmente em junho, dado que a safra de cana-de-açúcar começou a ganhar ritmo no País. “O importante é saber quanto irá cair (etanol) e quão boa será a colheita. Se for uma safra boa, poderemos ter um efeito (mais expressivo) no começo de junho”, estimou.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

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