Combinada a uma preferência de consumidores por marcas baratas, a deflação dos alimentos têm afetado o faturamento nominal das empresas de atacado e distribuição, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Emerson Luiz Destro. A entidade considerou que o segundo semestre será mais positivo para o faturamento, mas aposta em estagnação das vendas nominais ante 2016.
“Nosso setor depende muito da questão da renda das pessoas para que haja consumo. Como o desemprego não está se reduzindo ainda, fica difícil ter uma leitura de curto prazo de um ‘boom’ de vendas”, disse Destro.
Para Destro, o primeiro semestre foi “atípico”, diante da redução de preços de alimentos. Ele considerou ainda que os atacadistas recompuseram seus estoques ao final do ano, apostando numa recuperação econômica, mas considerou que a demanda não correspondeu imediatamente.
Pela frente, ele vê um impacto nos custos do setor com o aumento da tributação sobre combustíveis. Para ele, uma parte desse impacto pode ser repassada aos preços, mas ele também considerou que há a possibilidade de piora na rentabilidade das empresas.