Ministros que são deputados reforçaram o corpo-a-corpo na Câmara em busca de votos de parlamentares de seus partidos a favor das reformas trabalhista e, principalmente, da Previdência. Com o movimento, atendem apelo do presidente Michel Temer, que, em reunião com ministros na última segunda-feira, 24, pediu presença maior de seus auxiliares no Congresso Nacional para conseguirem apoio às matérias de interesse do governo.

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Na terça-feira, 25, pelo menos dois ministros foram à Câmara conversar com suas bancadas: o da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Osmar Terra (PMDB-RS). Barros passou boa parte da tarde conversando com deputados na liderança do PP. Já Terra conversou com peemedebistas no plenário da Casa na terça-feira, 25, à noite, durante a votação dos destaques do projeto que cria um Regime de Recuperação Fiscal para Estados em calamidade financeira.

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Com dificuldades para alcançar o quórum mínimo necessário para aprovar as reformas, principalmente a da Previdência, o governo pediu a ministros que são parlamentares que façam trabalho de convencimento com suas bancadas em busca de apoio a essas propostas. Além do corpo-a-corpo, o presidente Temer acertou que todos os 13 ministros que são deputados serão exonerados no dia da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara.

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Na votação da reforma trabalhista, que acontece na tarde desta quarta-feira, 26, no plenário, o governo também recorreu a essa estratégia com alguns ministros. Os titulares da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), foram exonerados do cargo hoje para participarem da votação. Os suplentes deles na Câmara tinham declarado voto contra a reforma.