A marca mais lembrada do Paraná está fazendo 30 anos

Uma das marcas mais conhecidas e reconhecidas do Paraná está completando 30 anos de existência. Criada em 1973 pelo artista gráfico e designer Jorge de Menezes, a logomarca da Copel consagrou-se ao longo do tempo como um caso bem-sucedido de identidade corporativa, fechando sua terceira década de uso como uma das mais lembradas pelos paranaenses como vêm apontando seguidamente diversas pesquisas de opinião pública.

Na época em que sua marca foi criada, a Copel estava se transformando numa empresa de abrangência estadual, assumindo os serviços elétricos em grandes centros a partir da incorporação de concessionárias com área de atuação localizada. O seu mercado direto era de 420 mil unidades consumidoras (só a cidade de Curitiba tem hoje quase 600 mil), e a potência de geração em usinas próprias (400 MW) caberia toda em apenas uma das quatro máquinas que equipam a Usina de Foz do Areia a maior da Copel.

Ainda assim, decorridos 30 anos de uma trajetória de crescimento contínuo que fez dela uma referência no setor elétrico e orgulho dos paranaenses, a Companhia se manteve abrigada sob uma mesma marca e mesma identidade. “Isso demonstra que a marca tem conseguido não só representar e expressar o produto principal da empresa mas, sobretudo, aproximá-la e identificá-la com o público e com os seus empregados”, conclui Jorge de Menezes.

O criador da logomarca diz que tem acompanhado “com muita atenção” toda a evolução da empresa nesse tempo e acha desnecessário promover qualquer tipo de mudança ou alteração nela. “A marca da Copel não envelheceu, conservando-se atual”, avalia. “Não conheço outra empresa no setor elétrico que tenha uma logomarca tão forte e tão bem definida quanto a dela.”

Conceitos

“A criação da marca da Copel não foi resultado de um insight uma inspiração repentina, como se diz no jargão dos especialistas”, garante Jorge de Menezes. O processo todo foi meticulosamente detalhado, tendo exigido estudos, cálculos e muita informação, lembra o artista. “Da escolha das cores até o traçado das linhas, a idéia era de que tudo viesse a remeter ao produto principal da Companhia, que é a energia, e acho que a solução final foi extremamente feliz”.

Menezes conta que saiu do zero no seu exercício de criação. “Até 1973, a Copel não tinha uma marca específica, usando simplesmente um losango com o nome da empresa escrito dentro dele”, relata. “Assim, o que fizemos foi libertar a Copel daquela figura e deixá-la à vontade para crescer”, relata o designer ao reavaliar seu trabalho.

Segundo Menezes, “toda marca é um problema matemático, e para resolvê-lo é preciso um trabalho técnico que envolve etapas que vão muito além da mera concepção gráfica e do bom gosto estético”. No meio disso tudo, observa ele, há uma infinidade de outras variáveis que precisam ser levadas em conta. “O fator cultural é uma delas”, informa.

Nem todos percebem, mas há muitas leituras possíveis para a marca da Copel, revelando todo o trabalho técnico apontado pelo seu criador. A marca guarda simetria, podendo ser lida de qualquer lado ou posição, funcionando como um espelho. Os raios estilizados que simbolizam a eletricidade podem ser interpretados como duas letras “e”, de energia, e também podem ser visualizados em qualquer sentido. O vão formado pelas quatro partes da figura lembram o perfil de um isolador (componente elétrico) ou de uma torre de linha de transmissão e o traço horizontal, um fio condutor de eletricidade.

“Acredito que hoje nem seja mais preciso traduzir a marca, porque o público já associou esse símbolo à Copel”, afirma Jorge de Menezes. “Mas sempre é bom lembrar que por trás do que parece ser um simples desenho, há uma história e toda a memória desta grande empresa.”

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