70% dos funcionários da Sabesp estão em greve

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), 70% dos funcionários da Sabesp aderiram à paralisação por tempo indeterminado que se iniciou nesta terça-feira (4) após a categoria recusar a proposta de reajuste salarial apresentada ontem (3) pela companhia. Apenas na capital, o porcentual de servidores seria de 80% do quadro, conforme o sindicato. A Sabesp, no entanto, não confirma os números.

Ontem (3), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a companhia de saneamento teria oferecido reajuste de 6,95%, com repasse aos benefícios, e estudos para avaliar a questão das distorções salariais e do aprimoramento dos critérios de avaliação de desempenho do plano de cargos, segundo informações da Sintaema. Procurada, a Sabesp informou que não irá se manifestar sobre a paralisação e que não entrará em detalhes sobre a negociação. Porém, acrescentou que “está aberta às negociações e que a greve não afeta o abastecimento de água”.

A oferta foi recusada pelo Sintaema, que pede o fim das diferenças salariais entre capital e interior, que chegaria a 23% da remuneração. Segundo o sindicato, amanhã será realizada uma nova audiência de conciliação no TRT, às 11h.

O diretor de imprensa do sindicato, Antonio Ceará, explicou que o adicional por tempo de serviço, que foi extinto em 1999, é a principal reivindicação dos trabalhadores e que encontra mais resistência pela companhia. A última greve de funcionários da Sabesp ocorreu em 2011 e durou apenas um dia. Na época, os servidores pediam pela remodelação do plano de carreira.

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