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38 empresas e consórcios disputam leilão de transmissão; Neoenergia vence Lote 1

Um total de 38 empresas e consórcios disputam o leilão de transmissão que acontece na manhã desta quinta-feira, 20, na B3, conforme documento disponibilizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o diretor da agência Sandoval Feitosa, haverá uma média de oito proponentes por lote. Ele salientou, no entanto, que lotes menores, em que a barreira para participação é menor, devem tem maior número de interessados em quanto os grandes lotes terão menor número de candidatos.

Dentre as empresas que se apresentaram estão a CPFL Energia, a Cteep, Equatorial, Neoenergia, Taesa, os chineses da State Grid, os indianos da Sterlite, os espanhóis da Cymi e da Elecnor (Celeo), além de empresas de engenharia como a Seta, Montago, Fasttel e Zopone. Há ainda 17 consórcios, com destaque para um formado por empresas do grupo Engie, outro formado pela Cteep e pela EDP Energias do Brasil (Consórcio Itajaí), outro da Alupar e da Perfin (Consórcio Olympus VII) e um formado por fundos da Vinci (Consórcio Renascença).

Serão ofertados no leilão desta quinta 16 lotes de empreendimentos, com um total de 7.152 quilômetros de linhas de transmissão além de subestações com capacidade de transformação de 14.819 mega-volt-amperes (MVA) em 13 estados do País (Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins).

Juntos, esses projetos exigirão investimentos da ordem de R$ 13,2 bilhões ao longo dos próximos cinco anos, já que devem entrar em operação comercial no prazo de 48 a 60 meses a partir da assinatura dos respectivos contratos de concessão. Trata-se do maior leilão realizado em quatro anos.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, destacou a participação de sete grupos estrangeiros no leilão. Em discurso na abertura do certame, ele considerou que a Aneel consolidou um ambiente regulatório “com regras claras e estáveis”.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, também se pronunciou na abertura do leilão e elogiou a agência reguladora. Disse ainda estar “impressionado” com a quantidade de pessoas presentes, comparando o evento a um “comício”.

Lote 1

A Neoenergia venceu a disputa pelo lote 1, o maior do leilão de transmissão que acontece na sede da B3, ao oferecer uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 194,1 milhões, para construir e operar o projeto, o maior ofertado no certame. O montante corresponde a um deságio de 57,07% em relação à RAP máxima estabelecida para o projeto, de R$ 452.369.159,00

A proposta desbancou outros cinco proponentes, que apresentaram lances até deságio de 48,27%. A segunda melhor proposta havia sido do Consórcio Itajaí, formado por EDP e CTEEP.

O lote 1 é composto por seis linhas de transmissão, além de trechos menores de linhas, que somam 1.097 quilômetros de extensão, e cinco subestações, com capacidade de transformação de 6.504 MVA a serem localizadas entre o Paraná e Santa Catarina. O investimento é estimado em R$ 2,791 bilhões. O prazo para a execução das obras é de 60 meses.

De acordo com a Aneel, o empreendimento tem como finalidade o atendimento elétrico ao estado de Santa Catarina, regiões Norte e do Vale do Itajaí. Além disso, será viabilizado o atendimento elétrico ao mercado local, nas regiões de Joinville, Jaraguá do Sul, Indaial e Itajaí.

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