2007 foi o ano da inflação dos alimentos, revela Fipe

A inflação na capital paulista seria muito menor em 2007, se o grupo de produtos de alimentação não tivesse sido o grande vilão dos preços. A avaliação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Márcio Nakane, que, destacou a alta de 12,73% dos alimentos – a maior desde 2002, quando atingiu 18,46% – como fator determinante para a inflação de 4,38% no ano passado e superado a elevação de 2,55% de 2006.

"Esta variação de 12,73% representou 2,76 pontos porcentuais do IPC do ano", calculou. "Isto significa que, se a Alimentação tivesse apresentado variação zero, a inflação de 2007 teria ficado em 1,62%", explicou.

Durante todo o ano passado, o grupo dos alimentos foi diversas vezes representado nos rankings de altas mais expressivas da inflação. No primeiro semestre, o leite longa vida foi a grande preocupação. Chegou a picos de 15%, mas depois migrou para o terreno negativo no segundo semestre, fechando o mês de dezembro com uma taxa de queda de 2,42%, mas acumulando no ano uma variação ainda positiva de 9,32%.

O maior vilão do ano passado, entretanto, foi o feijão, que pressionou a inflação no último trimestre. Só em dezembro, preço médio do item aumentou 42,34%, a variação foi a mais expressiva desde maio de 1998, quando o item havia apresentado uma elevação de 62,72%. Em 2007, o feijão acumulou alta média significativa, de 149,50%, nos preços e também liderou o ranking de elevações absolutas e contribuições de itens.

"O ano de 2007 vai entrar nos registros históricos como o ano da inflação da alimentação", disse Nakane, que trabalha com a expectativa de que, em 2008, a pressão deste grupo seja menor.

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