Brasília (AE) – O Ministério do Trabalho divulgou ontem a quinta lista dos empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão. A chamada ?lista suja? contêm, desta vez, 159 empregadores flagrados pela fiscalização por não cumprirem a legislação trabalhista, principalmente no que diz respeito ao cerceamento da liberdade, condições desumanas de trabalho e falta de pagamento e de registro em carteira. A última atualização da lista, que foi criada em 2003, tinha sido feita em 11 de julho.
Na nova versão do cadastro, o Ministério do Trabalho excluiu 42 nomes de empregadores. Eles permaneceram na lista por dois anos, mas não tiveram, nesse período, reincidência na prática de exploração do trabalho escravo. Nesse caso, a portaria do próprio ministério prevê a retirada do nome dos empregadores. Na nova lista foram incluídos 13 novos infratores e um reincidente.
A lista suja foi criada com objetivo de informar aos diversos órgãos do governo federal os nomes dos empregadores que mantiveram trabalhadores em condições análogas à escravidão. Quem tem seu nome na lista não pode receber incentivo fiscal do governo nem pegar financiamento em instituições oficiais de crédito. Nos últimos dez anos, operações fiscais libertaram 17.235 trabalhadores da escravidão, sendo 12.463 desde o início do governo Lula.