A injeção do 13º salário na economia e a tradição do brasileiro de comprar ou trocar o seu carro neste período levam a Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar) a estimar um crescimento de 8% na comercialização de carros seminovos, neste final de ano, em relação ao mesmo período de 2010.
Para o economista filiado ao Corecon-PR, Daniel Poit, o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores favorece o comércio. “Além dos apelos mais intensos da propaganda e da mídia em torno do Natal, o 13º salário é fundamental, pois ele provoca um incremento de 50% no volume de receitas financeiras dos trabalhadores no último bimestre do ano, formado pelos meses de novembro e dezembro”, diz.
De acordo com o Diretor de Serviços da Assovepar, Gilberto Deggerone, o mês de dezembro deve apresentar um de incremento de 8%, se comparado com o mesmo período do ano anterior. “As estimativas são positivas para a venda de veículos seminovos e usados, pois neste período as lojas naturalmente são mais movimentadas, não só pelo maior giro de dinheiro, mas também pela motivação do clima festivo. O setor estará dentro da normalidade, como de costume”, comenta.
O acumulado do ano no Paraná, segundo dados da Assovepar, registrou crescimento no setor de seminovos e usados, com fechamento de janeiro a outubro de 2011, se comparado com o mesmo período de 2010, com um aumento de 6,2%. Em 2011, foram comercializados no estado, durante o período, 575.172 unidades, contra 541.516 em 2010.
Para Poit, a situação da economia mundial ainda é pouco sentida no país, pois normalmente os negócios internacionais são sempre realizados com base em contratos de prazos mais longos. Neste contexto, ele ainda comenta a diminuição no índice de crescimento das vendas de veículos novos e uma melhora nos índices de vendas de veículo seminovos não só em dezembro como no próximo ano. “Quanto ao desempenho deste segmento, as recentes alterações no imposto dos importados e a percepção do público de que os veículos novos têm se desvalorizado muito, farão com que neste final de ano as vendas de novos não seja tão positiva como foi nos últimos três anos e favorecerá o mercado de seminovos”, comenta.
