O Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 4,2% em relação a igual período de 2003. Esta foi a maior expansão semestral desde 2000, quando o crescimento foi de 4,7%. De janeiro a junho deste ano, o setor agropecuário cresceu 5,7%; a indústria, 4,7%; e o setor de serviços, 2,8%.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB chegou a crescer 5,7%, neste caso a maior expansão na comparação com igual trimestre do ano anterior desde o terceiro trimestre de 1996, quando a taxa alcançou 6,3% de alta. Entre o primeiro e o segundo trimestre do ano – a expansão do PIB foi de 1,5%, elevando o crescimento acumulado de julho de 2003 a junho de 2004 para 1,7%, em relação aos quatro trimestres anteriores.
Os dados fazem parte da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais – Indicadores de Volume, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao explicar o bom resultado da economia brasileira, o gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Roberto Olinto, afirmou que o resultado estava dentro do esperado e já vinha sendo antecipado pelos indicadores anteriormente divulgados.
?São boas taxas e refletem bons resultados tanto pelo lado da produção quanto da demanda – todos com crescimento significativo. Do lado da produção, os números indicam um bom desempenho do setor Industrial, onde o subsetor da Indústria de Transformação chegou a crescer 7,3%. Na Construção Civil, subsetor da indústria que vinha apresentando taxas negativas, o crescimento no fechamento do semestre foi de 2,0%?. Pelo lado da Demanda, o consumo das famílias cresceu 3,1%, de janeiro a junho, enquanto a formação bruta de capital se expandiu 6,8%?. O consumo do Governo cresceu 1,4%.
Olinto destacou o fechamento do semestre no âmbito externo, em que os componentes exportações de bens e serviços e importações de bens e serviços tiveram taxas positivas significativas: 17,8% e 13,0%, respectivamente.
Do primeiro para o segundo trimestre do ano, o subsetor de formação bruta de capital fixo – componente da demanda que indica o nível de investimento no país – expandiu 1,5%. ?Isto indica a manutenção da trajetória de crescimento dos investimentos, iniciada no terceiro trimestre de 2003 – após vários trimestres com quedas superiores a 5,0%?.
A expansão acumulada de 6,8% no primeiro semestre do ano na formação bruta de capital fixo constitui-se na mais alta taxa da série histórica desde 2001. ?Mas apesar da recuperação, no resultado dos últimos quatro trimestres a taxa ainda é negativa em 0,6%?, lembra o economista.
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