O superávit primário das contas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) acumulado no primeiro quadrimestre está R$ 5,9 bilhões acima da meta fixada pelo governo federal para o período. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, a meta para os primeiros quatro meses do ano é R$ 28 bilhões e o superávit atingido no período foi de R$ 33,879 bilhões.
Godoy informou que as receitas estão R$ 1,7 bilhão acima do previsto no decreto de programação orçamentária. Já as despesas estão R$ 4 bilhões menores do que o estimado. Segundo ele, a despesa menor do que o previsto está relacionada principalmente ao fato de o governo ter desistido de fazer uma capitalização de R$ 1,5 bilhão na estatal Emgea.
As despesas não obrigatórias (relacionadas a investimentos) estão R$ 1,3 bilhão menores. O governo projetava um gasto de R$ 25,2 bilhões para o primeiro quadrimestre e gastou efetivamente R$ 23,9 bilhões. Para Godoy, é normal essas diferenças. "Ninguém acerta a asa da mosca voando", comentou.
Setor público
O secretário informou que a meta de superávit das contas do setor público (União, Estados e municípios) para este ano é de R$ 95,9 bilhões (3,8%). Desse total, R$ 53 bilhões para o governo central (2,10% do PIB); R$ 18,1 bilhões para estatais federais (0,72% do PIB) e R$ 24,8 bilhões para Estados, municípios e suas empresas estatais (0,98% do PIB). Godoy explicou que a meta para esse ano é em valor nominal e não mais em relação ao PIB como no passado.
O governo ainda tem a possibilidade de abater do superávit os gastos com os projetos do Programa Piloto de Investimento (PPI) no valor de 0,45% do PIB. Desse forma, a meta do governo central poderá cair de R$ 53 bilhões para R$ 41,7 bilhões (1,65%).