O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,5% no segundo trimestre deste ano, ante o primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O resultado ficou no piso das expectativas de analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado. As apostas variavam entre crescimento de 0,5% e 1%, com mediana em 0,75%.
Analistas já esperavam um resultado fraco depois de participarem de um encontro com diretores do Banco Central. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 1,2%. Nesta comparação, o resultado ficou abaixo do piso das expectativas, que variavam de 1,5% a 2,4% (mediana em 1,85%).
O melhor desempenho no período foi puxado pelo setor agropecuário, que cresceu 0,8% em relação ao primeiro trimestre. Também em comparação aos primeiros três meses do ano, o setor de serviços cresceu 0,6% e a indústria encolheu 0,3%. Na comparação com o segundo trimestre de 2005, o destaque fica por conta do setor de serviços, com crescimento de 1,9%, seguido pelo agropecuário, com 1%, e industrial, com apenas 0,5% de aumento na produção da riqueza do País.
Além do setor agropecuário, o consumo das famílias puxou o PIB do segundo trimestre, tanto na comparação com o primeiro trimestre, quando cresceu 1,2%, quanto em relação a igual período do ano passado (4%). No primeiro semestre, o consumo das famílias cresceu 3,8% ante igual período do ano passado.
Os investimentos, no entanto, apresentaram situação inversa. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF ou investimento) teve queda de 2,2% no segundo trimestre deste ano, ante o primeiro trimestre. A perda ocorreu revertendo o crescimento de 3,7% apresentado no primeiro trimestre de 2006 ante quarto trimestre de 2005.