A violência é uma ficção (não existe), a esperança (a coragem) vence o medo, o amor (a solidariedade) dá sentido à vida, aos negócios, às coisas, a tudo que nos cerca em sociedade. Com a perseverança de sempre lutar e arriscar, se preciso for, pois deixar de arriscar é o mesmo que perder-se, esvaziar-se, gostaria de me expressar com palavras de otimismo, mesmo reconhecendo que boas coisas foram feitas, mas muitas outras para melhor deveriam mudar, ou, pelo menos, melhor serem feitas.
Não somos arautos de catástrofes, inventores da desconstrução que se apraz em implodir valores de paz e do bem querer, que se irradiam na cidadania perene dos imortais.
O ano começa na cega paciência das horas, das semanas e meses do ano que badala para morrer e um outro para nascer.
Fazemos balanços, avaliações e prospectamos o dia virá. Tudo muito natural e conveniente, quando renovamos a esperança no porvir com a convicção de que o momento crucial por que passa a economia será uma rotina no aprimoramento insistente do (re)começar.
As crises provisórias se impõem como pré-condição de amadurecimento, como a solidificação da democracia e o envolvimento com o mercado global.
Não temos medo de ser felizes em 2003. Estamos otimistas. Os negócios são movidos a energia do futuro, a esperança está sustentada no otimismo publicamente declarado por 77,72% dos empresários paranaenses com seus negócios, confirmando a pesquisa sobre cenários futuros, que é a Sondagem Industrial 2002/2003, realizada pelo Departamento Econômico do Sistema Fiep, que entrevistou 490 industriais empregadores de 76 mil funcionários. (A sondagem mostra que apenas 15,88% dos industriais estão indefinidos e 6,41% pessimistas em relação a seus negócios no ano que vem.)
É preciso ressaltar que o fardo fiscal suportado pela indústria, que “consome” um volume alto de impostos (leia-se Cofins, PIS, CPMF, etc.) destinados a fundos previdenciários, não beneficia, sequer, os financiadores desse sistema considerado empecilho para a competição leal e honesta. Daí a razão dos entrevistados (76,83%) atacarem o item custo-Brasil como o principal fator que dificulta a competição e as relações econômicas do mercado interno.
Com as reformas estruturais acontecendo no governo Lula, entre elas a tributária, mantendo-se o controle da inflação, a estabilidade dos juros e a cotação (suportável) do dólar, não há por que nos intimidar com o futuro.
O governo que assume escolheu uma ótima equipe de trabalho, já demonstrou desenvoltura, competência e seriedade aqui e lá fora no trato da diplomacia financeira. Viável e crível, a sustentabilidade governamental norteia nossos caminhos com Deus nos seguindo.
Sem temores, sem medo, a violência é ficção, a esperança vence o medo, o amor está no ar! É tempo de ser feliz!
José Carlos Gomes Carvalho
é presidente do sistema Federação das Indústrias do Paraná.