Brasília – O gerente de Regulamentação dos Serviços Móveis da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Bruno Ramos, disse há pouco que será possível cumprir, no prazo de 48 horas, a determinação da Justiça de desligar as antenas de celulares nas regiões próximas aos presídios em seis cidades de São Paulo. A Anatel está coordenando uma operação conjunta das empresas de telefonia TIM, Claro, Vivo, Embratel e Nextel para impedir a comunicação dos detentos via celular, rádio e telefone sem fio.
Hoje, pela manhã, representantes das empresas se reuniram na Anatel para fazer um levantamento das antenas de celulares, e da potência de cada uma delas, nas cidades onde ficam os presídios de Avaré, Araraquara, Iaras, Presidente Venceslau, São Vicente e Franco da Rocha.
Ramos explicou que serão adotadas soluções diferentes para cada área. Nos presídios localizados nas zonas rurais, as antenas poderão ser desligadas completamente. Já nos centros urbanos, o desligamento será parcial, somente nos setores das antenas direcionados para os presídios, para tentar evitar que a população seja prejudicada.
"Não vai ter grande impacto para a população", garantiu Ramos. Segundo ele, as antenas têm um raio de alcance que varia de 100 metros a 20 quilômetros. Nas regiões mais populosas, há um número maior de antenas, com um raio menor de atuação. Ele disse que a Anatel vai cumprir a determinação judicial e não quis falar se a agência vai ou não recorrer da decisão.