O zagueiro Durval chegou ao Atlético-PR como um reserva, apesar da façanha de ter ajudado o Brasiliense a conquistar o título do Campeonato Brasileiro da Série B no ano passado. Foi paciente enquanto via a passagem de treinadores pelo rubro-negro paranaense, todos com um esquema tático com três zagueiros, em que era preterido. Até que chegou Antônio Lopes, coincidindo com a liberação de Baloy, que se transferiu para o Monterrey, do México. No novo esquema, com apenas dois zagueiros, ele foi um dos escolhidos.
Com 1,85m, o jogador, que completou 25 anos na última segunda-feira, tem no cabeceio uma boa arma de ataque. Mas, na primeira partida da final, foi de sua cabeça que saiu o gol do São Paulo. "O Diego rebateu e a bola veio muito rápido, não permitindo que eu saísse", relembra. O acidente já faz parte do passado. "Foi uma fatalidade", define. "Cometemos uma falta boba, sem muita necessidade, que resultou no gol". Ele sabe o que sentiu após esse gol. Por isso, confessa. "Não desejo isso para ninguém".
No clássico contra o Coritiba, no último domingo, vencido pelo Atlético-PR, os torcedores gritaram bastante seu nome, dando-lhe apoio total. É com esse apoio que ele espera contar. E tem a confiança do treinador Antônio Lopes, que permite suas investidas no ataque, sobretudo em cobranças de escanteio. "Se for para fazer gol, que seja a favor", diz o paraibano Durval.
Mesmo assim, deve optar por permanecer mais em seu próprio território no jogo desta quinta. "O Aloísio e o Lima podem decidir a qualquer momento", acredita. "Mas eles também têm o Luizão e o Amoroso e não podemos vacilar". Como de todos os jogadores atleticanos, duas palavras saem facilmente de sua boca: "Vontade e determinação".