Pelo menos 71 pessoas morreram e 151 ficaram feridas nesta terça-feira (12) quando supostos insurgentes detonaram duas bombas em uma movimentada praça na região central de Bagdá. Centenas de pessoas faziam fila para vagas de trabalho temporário. O ataque cuidadosamente coordenado ocorreu por volta das 7 horas locais na Praça Tayaran. Os autores da dupla explosão usaram um carro-bomba estacionado perto da praça e um militante suicida a bordo de um microônibus, informou a polícia local.

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De acordo com o tenente Bilal Ali, o militante suicida detonou os explosivos depois de atrair uma multidão para perto de si oferecendo empregos temporários. O carro-bomba e o militante suicida estavam separados por cerca de 30 metros. As explosões praticamente simultâneas estilhaçaram janelas e vitrines, abriram crateras na rua, incendiaram dez carros parados nas proximidades e deixaram manchas de sangue e pedaços de corpos mutilados espalhados pelo chão.

Segundo Ali, a maior parte das vítimas era composta por xiitas de origem humilde, sendo muitos moradores de Cidade Sadr, um bairro popular da zona leste de Bagdá. O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, atribuiu o ataque a simpatizantes do presidente iraquiano deposto Saddam Hussein e a extremistas sunitas. "Nós condenamos esse crime terrível. As forças iraquianas de segurança perseguirão esses criminosos e os levarão à justiça", assegurou o chefe de governo.

Num discurso diante do Parlamento, o presidente da casa, o sunita Mahmoud al-Mashhadani, declarou: "Hoje houve um massacre, do tipo a que os iraquianos estão se acostumando a presenciar todas as manhãs". Ele destacou que as vítimas eram pessoas pobres em busca de emprego para alimentar suas famílias. "Deus amaldiçoe quem quer que esteja por trás disso", prosseguiu. Ele também pediu ao Parlamento – dividido entre xiitas, sunitas e curdos – que "encontre uma solução" para os muitos problemas do Iraque.

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