Pelo menos 57 pessoas morreram e 151 ficaram feridas hoje quando supostos insurgentes detonaram duas bombas em uma movimentada praça na região central de Bagdá onde centenas de pessoas faziam fila para vagas de trabalho temporário. O ataque cuidadosamente coordenado ocorreu por volta das 7 horas locais na Praça Tayaran. Os autores da dupla explosão usaram um carro-bomba estacionado perto da praça e um militante suicida a bordo de um microônibus, informou a polícia local.
De acordo com o tenente Bilal Ali, o militante suicida detonou os explosivos depois de atrair uma multidão para perto de si oferecendo empregos temporários. O carro-bomba e o militante suicida estavam separados por cerca de 30 metros. As explosões praticamente simultâneas estilhaçaram janelas e vitrines, abriram crateras na rua, incendiaram dez carros parados nas proximidades e deixaram manchas de sangue e pedaços de corpos mutilados espalhados pelo chão.
Segundo ele, a maior parte das vítimas era composta por xiitas de origem humilde, sendo muitos moradores de Cidade Sadr, um bairro popular da zona leste de Bagdá. O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, atribuiu o ataque a simpatizantes do presidente iraquiano deposto Saddam Hussein e a extremistas sunitas.
"Nós condenamos esse crime terrível. As forças iraquianas de segurança perseguirão esses criminosos e os levarão à Justiça", assegurou o chefe de governo. Num discurso diante do Parlamento, o presidente da casa, o sunita Mahmoud al-Mashhadani, declarou: "Hoje houve um massacre, do tipo a que os iraquianos estão se acostumando a presenciar todas as manhãs".