Há 20 anos o remo brasileiro não conquista uma medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos. E a dupla José Carlos Sobral Júnior e Thiago Gomes espera quebrar esse jejum no Rio de Janeiro.

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Na última edição, em Santo Domingo, eles ficaram com a prata na categoria double skiff – perderam por apenas 27 centésimos para os cubanos.

Da República Dominicana para cá, Sobral de 28 anos, conta que amadureceu. E a parceria no remo com Thiago já dura dez anos.

É com esse espírito de união que a equipe brasileira da modalidade tem se reunido na Ilha do Pavão, em Porto Alegre, para períodos longos de concentração. Lá, ficam isolados cerca de dois meses, onde só treinam, comem e dormem.

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Voltam para suas cidades de origem apenas para matar a saudade da família por uma ou duas semanas, e depois retornam. Será assim até o Pan do Rio, com início marcado para dia 13 de julho.

Nos dois próximos meses, Sobral explica que os melhores barcos brasileiros participarão de competições na Europa, em países como Itália, Áustria e Alemanha.

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As concentrações e competições servem como seletiva para o Pan. ?A cada concentração, a equipe vai se afunilando….Será uma vaga por categoria?, acrescenta Sobral.

Enquanto a vaga não se concretiza, Sobral lembra da sua estréia no Pan de Santo Domingo, onde diz ter aprendido uma lição: ?Não desistir nunca.? Isso porque, duas horas antes do início da competição, a dupla descobriu que o barco estava abaixo do peso solicitado ao fabricante.

Acostumados a remar com 70 quilos, o barco pesava 60. E acabaram competindo com outro, de 85 quilos. ?É a mesma coisa que você calçar um tênis 40 e correr com um maior?, explica.

O contratempo foi encarado como estímulo. ?O esporte me trouxe lições que eu nem esperava. A gente treina tanto que tem de fazer a competição valer a pena?, afirma Sobral, que começou a remar aos 12 anos, defendendo o Flamengo.

A paixão pelo remo foi automática, já que mora perto da Lagoa Rodrigo de Freitas.