A festa era para dar início às homenagens a todos os campeões mundiais pelo Brasil, mas o primeiro encontro público entre o atual técnico da seleção, Dunga – que estréia dia 16, no amistoso contra a Noruega, em Oslo -, e o ex-treinador da equipe Carlos Alberto Parreira, monopolizou as atenções ontem pela manhã, em um hotel da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A comenda ?João Havelange?, uma carteira para ter acesso liberado às competições patrocinadas pela entidade, além de uma camisa personalizada foram os prêmios distribuídos.
?Antes de o Parreira ser um treinador, ele é meu amigo?, afirmou Dunga. ?Existe respeito e isso não vai mudar entre a gente?, prosseguiu. ?Já havíamos falado por telefone, conversamos muito e ele me deu algumas dicas.
Sem demonstrarem constrangimento, Dunga e Parreira sentaram lado a lado e receberam juntos suas homenagens no palco. Os dois representaram a seleção campeã do mundo nos EUA, em 1994. ?Estou à disposição dele para o que precisar. Não só dele, porque o Jorginho (auxiliar técnico da seleção) é meu vizinho?, destacou Parreira. ?Acho que hoje, experiente ou não, o treinador tem muita dificuldade. O importante é não cobrar resultados instantâneos.
Houve mais homenagens. Como representantes do primeiro título, em 1958, foram agraciados o capitão Bellini e o dentista Mário Trigo. Já pelo bicampeonato, em 1962, estavam Zito e o preparador físico Paulo Amaral. O técnico Zagallo e o capitão Carlos Alberto Torres eram os homenageados pelo tricampeonato de 1970. E, por último, a seleção pentacampeã: o atacante Luizão e o supervisor Américo Faria.
Pelos seus 75 anos, completados ontem, Zagallo recebeu uma camisa da seleção com o número 75 estampado. Zito, 74 anos, aniversariante de segunda-feira recebeu igual honraria.