Dunga diz que “ninguém está descartado da seleção”

O técnico Dunga disse nesta segunda-feira (30), ao convocar a seleção brasileira para o amistoso do dia 15 de novembro contra a Suíça, na Basiléia, que nenhum jogador está fora de seus planos para defender a equipe. "Quem tiver vontade e quiser jogar tem as portas abertas, mas não basta estar na seleção, é preciso querer estar na seleção", disse.

Segundo o treinador, a diferença entre "estar" e "jogar" é porque atuar pelo time nacional, para ele, exige muitos sacrifícios. "Tem de viajar por 10 horas, 12 horas, deixar a família, cumprir horários, viagens, dar entrevistas e deixar o ego de lado para o bem do grupo, se doar para o coletivo", explicou.

Nessa filosofia, Dunga não descartou a volta de jogadores como Adriano e Ronaldo, que praticamente ainda não jogaram depois da Copa do Mundo. Sobre Adriano, que foi afastado da Inter e passa férias no Brasil, depois de uma seca de gols e de ser flagrado em noitadas, o técnico disse que não pode fazer nada se o jogador não quiser se ajudar.

"Todo mundo espera muito dele, e ele está tendo algumas dificuldades, mas em primeiro lugar ele tem que querer ser ajudado. Isso significa entrar em forma, jogar e fazer gols, e também não se expor muito", afirmou o técnico. "Seria melhor ele estar mais reservado e concentrado. Quanto menos as pessoas te virem na rua é melhor para se concentrar no trabalho.

Dunga explicou ainda que não chamou o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, porque ele não precisa ser testado. "Ele ficou um tempo de fora, a seleção precisou dele contra a Rússia, ele foi lá, jogou bem e disputou a Copa. Nós sabemos como ele se comporta, e preferimos testar outros jogadores para ver como eles reagem", disse.

Sem titulares

As "portas abertas" na seleção de Dunga não se referem apenas aos 22 convocados, mas também ao time titular, já que o treinador repetiu a frase dita nas últimas partidas e disse que sua equipe ainda não tem titulares. Disse ainda que Ronaldinho Gaúcho e Kaká podem, sim, jogar ao mesmo tempo.

Isso aconteceu no segundo tempo do jogo contra o Equador, quando Ronaldinho saiu do banco – mas, nesse caso, o rival tinha um jogador a menos. "Nunca falei que eles não poderiam jogar juntos. São jogadores de qualidade, tecnicamente excelentes, e serão eles, dentro de campo, que vão comprovar se podem ou não jogar juntos.

Sobre a Suíça, adversário que acompanhou de perto numa derrota para a Áustria por 2 a 0, em amistoso disputado, no dia 11 de outubro, o técnico afirmou que a marcação não é o único ponto forte da equipe – eliminada da Copa do Mundo nas oitava-de-final sem sofrer um gol sequer. "É um time forte, bem compactado, e que teve umas dez chances de marcar antes de sofrer um gol da Áustria", disse Dunga, até agora invicto no comando da seleção – foram quatro vitórias e um empate nos cinco jogos disputados.

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