A idéia de agrupar jovens campeões mundiais na comissão técnica da seleção ganhou força na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a contratação de Dunga. A entidade desistiu de recorrer às gerações anteriores de ex-craques – os de 58, 62 e 70 – por uma simples razão: envelheceram. As opções ficaram então restritas aos campeões de 1994. Até porque, a conquista de 2002 é muito recente e todos os que disputaram a Copa da Coréia do Sul e do Japão continuam em atividade em seus clubes.

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O ex-lateral Branco já fazia parte do quadro de funcionários da CBF, como diretor das seleções de base, e vai ser um auxiliar direto de Dunga. Os dois são amigos e mantêm relação próxima desde a Copa 1994. "Daquele tempo só tenho boas recordações. Eu, Jorginho, Bebeto e Ricardo Rocha formamos até mesmo um quarteto, que não é de mágicos, mas de ótimos vizinhos na Barra da Tijuca e estamos sempre juntos", contou Branco.

Ele esteve cotado para ser um dos `olheiros’ de Carlos Alberto Parreira na Copa da Alemanha. Mas não chegou a ser convidado. Assim como Branco, o ex-lateral-direito Jorginho também teve o nome lembrado para auxiliar Parreira no Mundial. Tudo não passou de especulação.

Agora, Jorginho surge como opção para integrar o grupo de trabalho de Dunga. A seu favor pesa uma única – e bem-sucedida – experiência como treinador. Ele dirigiu o América no Campeonato Carioca deste ano e levou o clube à final da Taça Guanabara – o tradicional time do Rio não disputava um título havia 24 anos e perdeu para o Botafogo num jogo de arbitragem polêmica.

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Entre os campeões de 1994 o melhor amigo de Jorginho é o ex-atacante Bebeto. Os dois criaram o Instituto Bola Pra Frente em 2000 e hoje atendem a cerca de 700 crianças e adolescentes da zona norte do Rio, a quem oferecem assistência odontológica, aulas de informática e cursos em várias modalidades esportivas: do futebol ao caratê. Mas enquanto Jorginho é um nome forte para compor a equipe de Dunga, o de Bebeto não está cogitado.

Outros favoritos para dividir responsabilidades com Dunga na CBF são os ex-goleiros Zetti e Taffarel. Um deles poderia atuar como coordenador ou consultor técnico. Mas nada de treinar outros goleiros – função que caberá a Wendell, destaque na posição nos anos 70, uma exceção no formato da nova comissão.

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Zetti é um dos mais queridos pelos campeões de 1994 e participa quase sempre dos jogos da seleção brasileira de masters, criada em 2003. O time ainda não se apresentou este ano, por causa da Copa do Mundo. Normalmente, conta com o reforço de Dunga, Branco Jorginho, Bebeto. Os ex-zagueiros Aldair, Márcio Santos e Ricardo Rocha aparecem de vez em quando.

Ricardo Rocha, aliás, integra a lista dos candidatos a auxiliar de Dunga. Leonardo e Raí, outros que levantaram a taça em 1994, não estão nos planos do treinador. Os motivos são profissionais – Raí, por exemplo, tem cargo executivo no Paris Saint Germain (PSG). A dupla também investe num projeto social conhecido desde 1999, a Fundação Gol de Letra, com duas unidades, em São Paulo e Niterói, onde jovens exercem múltiplas atividades. Só viriam para a CBF, agora, se convidados para um café com Dunga.