O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, negou hoje, em São Paulo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viva um momento de instabilidade emocional por causa da crise política e das denúncias de corrupção que atinge ex-ministros, empresas estatais e o PT, por ele fundado há 25 anos.

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Os discursos com tom de irritação que o presidente fez esta semana, quando chorou, aconteceram, segundo Dulci, por causa da indignação de Lula com o comportamento "arbitrário de parte da oposição".

"Agressivos têm sido os discursos de uma parte da oposição, tentando, de uma maneira completamente descabida, artificial, atingir a pessoa do chefe de Estado, eleito pelo voto popular", afirmou na sede nacional do partido.

"Aí, é claro que qualquer ser humano que tenha alma fique indignado e se comova", justificou. Ele acusou as legendas de oposição de manterem um comportamento eleitoreiro. Na visão dele, o presidente não comete este mesmo tipo de comportamento ao priorizar na agenda eventos públicos, conforme acusa a oposição. "Eu sou um dos que organizam as atividades públicas do presidente e os números mostram que, em 2004, o presidente Lula teve no mesmo período maior número de encontros com os movimentos sociais do que este ano", argumentou.

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"É que só agora alguns estão percebendo que, para o presidente Lula, ao contrário de outros governos, se encontrar com o povo é uma coisa cotidiana", adicionou.

Segundo Dulci, há um movimento das oposições de tentar envolver Lula de maneira "mentirosa em episódios que, flagrantemente, ele não tem nada a ver com o assunto".

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"Este comportamento artificial e eleitoreiro de uma parte da oposição é que é campanha eleitoral", acusou.