A oposição deve colaborar na escolha de um novo presidente da Câmara dos Deputados que resgate a imagem da Casa, espera o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci. "É importante que a Câmara decida com independência, com autonomia, e escolha alguém que resgate o trabalho da Câmara e a imagem da Câmara perante a opinião pública", avalia o ministro.

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Durante entrevista coletiva transmitida pelas emissoras de rádio da Radiobrás, hoje, Dulci disse que, na eleição anterior, de Severino Cavalcanti (PP-PE), o PSDB e o PFL "prejudicaram a Câmara dos Deputados para prejudicar o PT". "Acredito que agora eles vão escolher o melhor para beneficiar a Câmara e o Brasil", completou.

O ministro respondia a pergunta de um jornalista sobre a articulação entre governo e Congresso Nacional, principalmente a Câmara dos Deputados, para agilizar a tramitação de projetos de interesse do país. Depois de afirmar que a crise política prejudica o andamento de propostas no Legislativo, ele falou sobre a sucessão na Câmara.

"É claro que o governo não vai querer que as oposições, que são minoria, elejam uma pessoa que transforme a presidência da Câmara num cavalo de batalha artificial, completamente sectário, contra o governo e contra o país. Mas ao mesmo tempo não cabe ao presidente da República dizer quem deve ser o presidente da Câmara", acrescentou.

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Para o ministro Luiz Dulci, na escolha do substituto de Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou hoje ao mandato para escapar de um processo de cassação de seus direitos políticos, os deputados devem escolher o melhor nome para o país e para a Câmara. "Dessa vez, eles vão fazer o contrário do que fizeram com o Severino, porque todos nós sabemos que foram o PSDB e o PFL que elegeram o Severino só para derrotar o PT. Não tiveram nenhum pudor de eleger uma pessoa que eles sabiam que não era a mais adequada, desde que isso servisse para prejudicar o PT", afirmou Luiz Dulci.