Salvador – Depois de acusar os policiais federais que o prenderam numa rinha de galo, no Rio, de persegui-lo, o publicitário Duda Mendonça entrou esta semana na Corregedoria do Ministério Público Estadual (MPE) fluminense com representações contra os promotores do Meio Ambiente Heron Santana e Luciano Rocha Santana, denunciando-os por "perseguição pessoal".

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"Isso é coisa de pessoa arrogante, que se acha acima da lei e quer intimidar o MP, assim como intimidou a Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro", reagiu Heron Santana, alegando que Duda Mendonça tenta "amordaçá-lo". O promotor do Meio Ambiente negou qualquer tipo de perseguição. "A ação refere-se a um flagrante dado numa rinha de galo em Salvador, em maio do ano passado, em que várias pessoas foram presas e indiciadas por crime ambiental. No decorrer da investigação, descobrimos que Duda Mendonça era um dos financiadores da rinha, sendo, por essa razão, processado junto com outras 16 pessoas", afirmou.

Embora a Procuradoria do Meio Ambiente tenha realizado três audiências sobre o caso, o publicitário nunca compareceu, alegando sempre estar ausente da capital baiana. "Ele (Duda Mendonça) deveria estar mais preocupado em se defender ao invés de tentar intimidar o MP", acusou, reforçando que apenas tenta fazer cumprir a lei. "Briga de galo é considerada crime ambiental, previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98", afirmou. Heron Santana recebeu a solidariedade de duas organizações não-governamentais (ONGs), a Bicho Feliz e a Associação Brasileira Protetora dos Animais, que acompanham o fato.

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