Brasília, 21 (AE) – O publicitário Duda Mendonça, preso em flagrante por crime ambiental (promoção de brigas de galo), estava sendo levado hoje (21) à noite do bairro de Jacarepagua (Zona Oeste do Rio) para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá (Centro). Para tentar se livrar do flagrante, o publicitário alegou aos delegados federais e a quatro procuradores federais ser amigo do presidente Lula e chegou a ligar para o Palácio do Planalto. “Sou assessor do presidente”, disse, acrescentando: “Ele sabe que eu gosto disso (de briga de galo)”. Ele recuou da declaração quando policias lhe perguntaram se ele estava querendo dizer que o presidente aprovava atividades ilícitas. Ele recuou da declaração.
Segundo os policiais, o local das rinhas, em Jacarepaguá, era considerado “o Maracanã” das brigas de galo. No local, onde as apostas eram de R$ 50.000,00, foram encontrados vários galos feridos e pessoas armadas que foram autuadas por porte ilegal.
Os policiais e os procuradores – que acompanham a operação, denominada “Rudis” – estavam hoje à noite avaliando se Duda Mendonça seria ou não indiciado por formação de quadrilha.
O local das rinhas era um clube clandestino, situado perto do Autódromo de Jacarepaguá, e os freqüentadores usavam crachá e carteirinha de associado. As armas apreendidas eram automáticas, inclusive pistolas Glock.
O nome da operação policial – “Rudis” – é uma referência ao prêmio que os imperadores romanos davam ao gladiador que conseguia vencer na arena todos os adversários: a liberdade.
