O publicitário Duda Mendonça disse que é "vítima de uma campanha difamatória com claros objetivos políticos", cuja alvo não seria ele. Depois de depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, o publicitário concordou com um jornalista que perguntou se ele se considera vítima de perseguição política.
"Não sou candidato a nada. Sou um publicitário conhecido e respeitado. Todo o dinheiro que ganhei na vida foi às custas do meu trabalho, do meu esforço. Não é justo o que estão fazendo comigo", disse. Ele afirmou "ter dito a verdade, aberto o coração" em seu primeiro depoimento à CPMI, em agosto do ano passado.
Duda voltou a explicar que só se manteve em silêncio durante todo o depoimento à CPMI dos Correios porque esta foi uma orientação de seus advogados. "Segui à risca as recomendações. Não foi um desrespeito à CPI, pelo contrário, esta foi a única forma que meus advogados encontraram para me proteger e não prejudicar a minha defesa", disse.
Duda Mendonça prestou hoje depoimento à CPMI dos Correios protegido por habeas corpus preventivo, concedido pelo Supremo Tribunal Federal, o que lhe assegurava o direito de se manter em silêncio sempre que suas declarações pudessem lhe incriminar. O silêncio foi seguido à risca pelo publicitário, o que gerou impasse entre os parlamentares que estavam presentes à comissão.
O depoimento de Duda Mendonça foi o último que a CPI dos Correios tomou antes de apresentar o relatório final, previsto para o próximo dia 21.