Duas pessoas sobreviveram à queda de um avião militar iraniano na qual outras 36 pessoas morreram hoje de manhã em Teerã, informou o general Yahya Rahim Safavi, comandante da Guarda Revolucionária. O avião, um Antonov 74, caiu logo depois da decolagem. Todos os ocupantes integravam a Guarda Revolucionária detalhou a Agência de Notícias da República Islâmica. Investigações iniciais indicam que a queda, a terceira de uma aeronave militar iraniana no período de um ano, teria sido causada por um problema no motor.
"Houve uma falha técnica no motor", declarou Safavi, citado pela agência de notícias estatal. De acordo com ele, a conclusão é preliminar e uma investigação mais ampla já foi iniciada. De acordo com a televisão local, seis dos 36 mortos eram tripulantes, mas estes também integravam a Guarda Revolucionária uma força de elite independente do comando do Exército.
O avião decolara de Teerã com destino a Shiraz, cerca de mil quilômetros ao sul, quando o acidente aconteceu. Os sobreviventes foram internados num hospital militar. Não há detalhes disponíveis sobre o quadro de saúde dos feridos. Trata-se do terceiro acidente com mortes envolvendo aviões militares iranianos nos últimos 12 meses. Em janeiro deste ano, a queda de uma aeronave militar de pequeno porte provocou a morte do comandante das tropas terrestres da Guarda Revolucionária.
Em dezembro de 2005, a queda de um C-130 sobre um prédio próximo do aeroporto de Mehrabad, em Teerã, matou 115 pessoas. Além dos acidentes com aviões militares, o Irã possui um extenso histórico de tragédias aéreas em geral. O governo local costuma atribuir ao embargo comercial americano, vigente há quase três décadas, já que o Irã é proibido de importar componentes. Entretanto, críticos afirmam que a manutenção das aeronaves também é precária.