A Guarda Municipal prendeu em flagrante duas pessoas que aplicavam golpes com o Cartão Transporte, na manhã desta sexta-feira (11), na estação-tubo da Praça da Ucrânia, sentido bairro-centro. Foi a segunda prisão desde que a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), empresa da Prefeitura de Curitiba que gerencia o transporte na cidade, começou uma operação concentrada de combate aos golpes com o cartão.
No dia 25 de julho, três cobradores de ônibus da empresa Santo Antônio foram presos na estação-tubo Cefet, na avenida Marechal Floriano. Eles liberavam a catraca com cartões de pessoas isentas e embolsavam o dinheiro da tarifa paga pelos passageiros. O mesmo golpe foi flagrado na Praça da Ucrânia, onde foram presos um cobrador da empresa Curitiba e um golpista que usava quatro cartões de isentos para liberar a catraca. O dinheiro recebido dos passageiros era dividido com o cobrador.
Nos dois flagrantes, a Urbs recebeu denúncias de passageiros pela central telefônica 156, e colocou fiscais disfarçados no local para monitorar a ação dos golpistas. Os relatórios da Urbs confirmaram o uso reiterado dos mesmos cartões na estação, em horários muito próximos, e servirão de prova no processo criminal contra os acusados. Os dois foram detidos pela Guarda Municipal e encaminhados ao 3º. Distrito da Polícia Civil, onde foram presos e indiciados por estelionato.
Desde o começo do ano, a Urbs intensificou o combate a fraudes com o cartão-transporte. No primeiro semestre, foram apreendidos 419 cartões que deveriam estar com pessoas isentas, na maioria idosos, mas eram "emprestados" para terceiros. "Estamos defendendo o interesse dos nossos passageiros, que pagam a tarifa e sustentam o sistema de transporte", explica o diretor de transporte Fernando Ghignone. O passageiro pode colaborar com a fiscalização, denunciando irregularidades pela central telefônica 156.
O procurador jurídico da Urbs, Sidney Martins, explica que o cartão-transporte é pessoal e intransferível. "Passar para terceiros pode causar a suspensão do cartão. Se envolver em golpes desse tipo pode configurar crimes de estelionato e apropriação indébita", alerta Martins.