O presidente Alberto Dualib recebeu Paulo Cesar Carpegiani com dois discursos. O primeiro, que fez questão de divulgar publicamente, foi que Bragantino e São Caetano serão o espelho do Corinthians, que pretende formar um time barato utilizando ao máximo jogadores formados no clube.

continua após a publicidade

Internamente, no entanto, o dirigente repetiu ao oitavo técnico da era MSI a promessa de Renato Duprat – representante do fundo de investimentos – de que o russo Boris Berezovsky chegará com dinheiro para grandes contratações.

"O Corinthians não trará mais jogadores de US$ 23 milhões (R$ 46 milhões) da Argentina nem de US$ 15 milhões (R$ 30 milhões). Vamos seguir o exemplo do São Caetano e do Bragantino, formar os nossos times com atletas que já estão aqui na divisão de base", discursou Dualib, em referências indiretas a Tevez e Mascherano.

Mas para Carpegiani, no jantar de sábado à noite, o cartola voltou a falar de algo que seus próprios vices duvidam: o presidente garantiu que até o final do mês o bilionário Berezovsky desembarcará no Parque São Jorge com dinheiro, muito dinheiro. E Renato Duprat vem acenando até com a possibilidade de trazer Tevez de volta.

continua após a publicidade

Enquanto Boris não se materializa, Duprat disse a Carpegiani que mesmo com dívidas, o Corinthians tem R$ 3 milhões separados para contratações. O presidente corintiano repete sempre aos seu amigos mais próximos que a melhor coisa a fazer quando a situação está complicada no Parque São Jorge é contratar jogadores. E não precisam ser craques, não.

Os R$ 3 milhões serão gastos no futebol brasileiro. Além do "gato" Carlos Alberto, cuja contratação já foi acertada – suspenso, ele só pode jogar depois de 12 de maio -, a vontade de Duprat é investir parte do dinheiro em Zé Roberto, do Botafogo. Já houve um início de negociação há dois meses, e parte do dinheiro pode ser conseguida com a transferência de Roger, que não ficará no Parque São Jorge para o Brasileiro.

continua após a publicidade

O clube também vai investir em um atacante. Everton, do Bragantino, está fácil, mas os dirigentes estão pensando em um nome consagrado. Mais uma vez o empresário Wagner Ribeiro será procurado para saber se França quer voltar ao Brasil. O goleiro Felipe, também do Bragantino, interessa.

Quanto às dispensas, Carpegiani já sabe que três jogadores estão condenados pela rejeição da torcida, da diretoria e do próprio Dualib: os laterais Wellington e Marcos Tamandaré e o zagueiro Gustavo. O volante Daniel ainda poderá ganhar uma sobrevida.