A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) enviou à superintendência Regional da Polícia Federal informações referentes a 205 pedidos de seguro desemprego suspeitos de fraude. Os casos foram detectados em Curitiba. Situação semelhante ocorreu em Londrina e também já foi encaminhada à PF. A DRT está aguardando a Subdelegacia Regional deve enviar o relatório sobre o caso para notificação oficial.
No caso de Curitiba, as empresas não tinham conhecimento das fraudes. A investigação começou porque funcionários da agência central do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Curitiba suspeitaram de algumas coincidências. Além de os valores dos salários que serviriam para cálculo dos benefícios serem os mesmos, eles observaram assinaturas iguais em contratos de empregados de empresas diferentes.
A desconfiança foi comunicada à Caixa Econômica Federal, que paga o benefício, e à DRT, que acionou sua equipe de fiscalização. Os fiscais desencadearam uma investigação sobre os vínculos profissionais dos requerentes do seguro junto às sete empresas cujas inscrições no CGC foram usados nos contratos fictícios e apuraram que nenhum dos 205 trabalhadores foi contratado pelos locais mencionados nos requerimentos. As informações foram comunicadas ao Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, que repassou o relatório à polícia.
Segundo o responsável pelo setor jurídico da DRT, Maurício Vítor de Souza, os salários dos contratos fictícios giram em torno de R$ 720,00 e os períodos de trabalho alegados referem-se a pelo menos seis meses de contrato. “Isso significa que esses trabalhadores teriam direito a receber o teto máximo do seguro, que é de R$ 449,04, durante cinco meses”, explicou.