O corregedor-geral eleitoral, Cesar Rocha, marcou para o dia 10 o depoimento de 13 pessoas indicadas como testemunhas na investigação que apura a tentativa de compra do dossiê Vedoin por petistas. A investigação foi aberta a pedido do PSDB e do PFL, partidos que apoiaram a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência.
A investigação vai apurar se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), tiveram alguma participação no episódio. Se for considerado culpado, o presidente pode ser punido até com a perda do mandato. Mas especialistas em direito eleitoral não acreditam nesse desfecho.
Entre outros argumentos, a defesa de Lula alegou que a divulgação de um dossiê contrário ao governador eleito de São Paulo, José Serra, não teria repercussões na disputa presidencial e não traria benefícios para sua campanha. Bastos afirmou que não teve ingerência, direta ou indireta, nas investigações, ações, operações e inquéritos conduzidos pela PF para apurar o episódio. Berzoini alegou que as acusações contra ele são baseadas unicamente em reportagens jornalísticas.