Dossiê: Gedimar diz que foi para ‘cela de castigo’ em Mato Grosso

Em depoimento nesta terça-feira (28) na CPI dos Sanguessugas, o advogado e ex-policial federal Gedimar Passos afirmou que, durante o período em que esteve preso em Cuiabá, ficou 13 horas "em uma cela de castigo, com água até a canela". Em 15 de setembro, ele e o petista Valdebran Padilha foram presos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê Vedoin.

Gedimar detalhou sua prisão e disse que não foi preso pela Polícia Federal, mas por um policial civil que colaborava com os federais – a quem chamou de "ganso", ou informante na linguagem policial. Esse policial faria segurança do Hotel Íbis, onde estava hospedado em São Paulo, e invadiu seu quarto com uma pistola calibre 40 e identificação de policial civil. Somente após alguns minutos, explicou Gedimar, chegou a equipe com cinco ou seis agentes da PF.

Durante o período em que ficou detido na PF, Gedimar Passos teria conversado com policiais federais sobre como a investigação havia sido feita e um deles teria dito que era grampo. "Eu respondi que eles tinham feito a maior besteira, porque tinham grampeado a campanha do Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato à reeleição)", comentou. Gedimar ainda disse que, no momento da prisão, os policiais federais ligaram para a Rede Globo para falar que haveria um "flagrante bom". As informações são da "Agência Câmara".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo