Integrantes da CPI dos Sanguessugas informaram que em depoimento terminado há pouco, o delegado Diógenes Curado, que cuida do inquérito do dossiê contra os tucanos, afirmou que não tem dúvidas de que o dinheiro (R$ 1,75 milhão) para a compra do dossiê foi levado ao hotel Ibis, em São Paulo, pelo ex-assessor do senador Aloizio Mercadante, Hamilton Lacerda.
Na sessão secreta, Curado também teria afirmado que há fatos para pedir o indiciamento de todos os envolvidos na compra do dossiê, por crime eleitoral. O delegado, ainda segundo relato dos participantes da audiência, reconheceu ainda que a compra do dossiê beneficiaria tanto a campanha nacional do PT quanto a estadual, em São Paulo. "Mas ele deixou claro que iria prejudicar mais a campanha do estado de São Paulo", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos sub-relatores da CPI.
O vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (MD-PE) afirmou que já conseguiram cerca de 75 assinaturas na Câmara para a prorrogação dos trabalhos da comissão. Para isso, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no senado. A idéia é prorrogar os trabalhos da CPI até meados de janeiro.