Parentes, amigos e admiradores do zagueiro Paulo Sérgio Oliveira, o Serginho do São Caetano, se despediram nesta sexta-feira do atleta num clima de muita dor e emoção. O corpo de Serginho foi enterrado pela manhã no Cemitério Vale da Saudade, em Coronel Fabriciano (MG). O jogador morreu na noite da última quarta-feira, vítima de parada cardiorrespiratória sofrida durante o segundo tempo da partida contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
O corpo de Serginho estava sendo velado desde a tarde de quinta-feira no ginásio do Clube Casa de Campo. A notícia da morte do jogador comoveu a cidade mineira. O velório atraiu milhares de pessoas e a Polícia Militar precisou organizar a visitação pública. Durante a madrugada a família pediu que os portões do ginásio fossem fechados.
Pela manhã amigos, jogadores e parentes se emocionaram durante um culto religioso. Por volta de 9 horas, o caixão foi transportado do ginásio para um caminhão do Corpo de Bombeiros. Uma multidão aguardava na rua a saída do corpo. Os populares aplaudiram e gritaram o nome do atleta antes do início do cortejo. Companheiros de Serginho no São Caetano e seu ex-técnico José Ângelo Ferreira, fizeram questão de subir no veículo e se posicionaram em torno do caixão, coberto com a bandeira do Azulão. Durante o trajeto até o cemitério não faltaram manifestações de carinho ao zagueiro que nasceu em Vitória (ES), mas iniciou sua carreira no município, atuando pelo Social. Para evitar tumulto, apenas os familiares do atleta amigos mais íntimos, colegas de profissão e a imprensa puderam acompanhar o enterro. A credencial para o acesso era uma foto do zagueiro vestido com o uniforme do São Caetano e a sua assinatura impressa.
Uniforme
Nove dos dez irmãos de Serginho estavam presentes. Vestidos com camisas do clube do ABC paulista, eles carregaram o caixão até a sepultura. Os pais e a viúva do jogador eram os mais emocionados. “Você foi um anjo que passou nas nossas vidas”, disse Elaine Cristina Castro Cunha, 28 anos, na sua última mensagem dirigida ao marido. Serginho foi enterrado às 10 horas. Ele havia completado 30 anos no último dia 19 e era pai de Paulo Sérgio de Oliveira Júnior, de 4 anos.
“Perdemos um amigo, um companheiro enorme nesta trajetória. Era um grande companheiro, uma grande perda. Está todo mundo abalado fica até difícil falar alguma coisa”, comentou o goleiro Silvio Luiz. O sogro do atleta Luzio Nunes, 58 anos, disse que sentia a perda de um filho. “O Serginho foi embora muito prematuramente, nos deixou com bastante saudade”.