O delegado de Itu Nicolau Santarém, que conduz as investigações sobre a morte do empresário José Nelson Schincariol, assassinado na noite de ontem com três tiros, afirmou nesta terça-feira que não descarta nenhuma possibilidade, mas acredita em tentativa de roubo. Apesar de nada ter sido levado, o delegado disse que o empresário pode ter feito um movimento brusco ou esboçado alguma reação, motivando a ação dos bandidos.
Santarém negou que testemunhas tenham dito que o empresário já havia recebido ameaças e disse que Schincariol nunca mudou seus hábitos e andava sem seguranças, apesar de ser muito conhecido na cidade. Informou ainda que as testemunhas foram ouvidas informalmente e que, na manhã desta terça-feira, os depoimentos serão oficializados.
A única testemunha do crime é um vigia da rua, que viu o momento em que o empresário foi baleado e que os dois homens fugiram a pé. José Nelson Schincariol, de 60 anos, recebeu os tiros ao chegar em sua residência, por volta das 23 horas de ontem, ainda na garagem. Cinco tiros teriam sido disparados, três dois quais acertaram o empresário – um nas costas e dois na cabeça. Ele chegou a ser socorrido no Pronto Socorro da Santa Casa de Itu e, em seguida, foi encaminhado para o Hospital Albert Einstein, onde morreu.
O corpo do empresário será velado na fábrica da empresa em Itu. O enterro está marcado para as 16h, no cemitério municipal da cidade.
A Schincariol foi fundada em 1939 e sua marca mais famosa até a década de 70 era o refrigerante Itubaína. Em maio de 1989, a empresa começou a fabricar sua primeira cerveja e logo começou a ganhar fatias de mercado e atrair a atenção do consumidor e da concorrência. Hoje, a empresa tem seis fábricas em todo o país, mas a maior delas continua a ser a de Itu, e detém cerca de 10% do mercado nacional.
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