A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em convênio com o IBGE, revela que, em março de 2006, o número de trabalhadores domésticos empregados na Região Metropolitana de Curitiba chegou a 94.473, o que representa 7% do número total de pessoas ocupadas no mês (1,348 milhão).
?A participação dos trabalhadores domésticos no total de pessoas ocupadas apresentou aumento entre março de 2003 e o mesmo período de 2006, passando de 6,5% para 7%?, explica a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira. Observa-se, ainda, que do total de ocupados nessa categoria, 36% eram responsáveis pela família.
Desagregando o número total de trabalhadores domésticos segundo gênero, a pesquisa revela que 97% eram mulheres (91.325 pessoas) e que esse contingente representava 15,30% da população feminina ocupada (597.064 pessoas) no mês de referência.
A pesquisa constatou que, em março de 2006, o número de trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada era de 33%. O Ipardes verificou ainda que, para o total de pessoas ocupadas na RMC, o crescimento do emprego formal tem se intensificado, atingindo 51,2% no terceiro mês do ano.
Sobre o tempo de permanência no trabalho, os dados revelam que o percentual dos trabalhadores domésticos que permanecem por dois anos ou mais no trabalho principal é menor que o da população total ocupada.
A diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes observa que, em março de 2003, 85% dos trabalhadores domésticos prestavam serviço em apenas um domicílio e que esse número apresentou uma queda considerável na comparação com março de 2006, que ficou em 76%.
Quanto à faixa etária, a maior participação é de trabalhadores com idade entre 35 a 44 anos, que representa 32% do total de trabalhadores dessa categoria. Essa faixa etária é a de maior participação desde março de 2003.
Já a distinção por cor ou raça indica que, em março de 2003, 75% deles se declararam brancos, e 25%, pretos ou pardos. Já em março de 2006, 78% deles se declararam brancos, e 22%, pretos ou pardos.