O mercado de câmbio doméstico amanhece de ressaca e dividido nos prognósticos sobre o futuro próximo, depois de uma segunda-feira de forte tensão e volatilidade. A melhora registrada nos mercados norte-americanos ao final da tarde de ontem levou o dólar ao recuo no mercado futuro eletrônico da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) no início da noite. Isso sinalizou uma melhora no ambiente de negócios na abertura de hoje, até porque os mercados internacionais esboçam alívio neste início de terça-feira. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar abriu em baixa de 2,09%, a R$ 2,252

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Porém, alguns lembram que o temor de inflação e alta de juros nos Estados Unidos não foi dissipado e que a volatilidade deve ser a tônica dos mercados. Até porque, a semana é rica em indicadores da economia norte-americana. Hoje, os investidores contarão com os dados sobre o desempenho do comércio varejista na semana até 20 de maio, às 9h55. Às 11 horas, o Federal Reserve Bank de Richmond divulga seu índice de atividade industrial regional de maio. O destaque, no entanto, é o presidente do Fed (o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, que fala no Senado. O tema não é dos mais promissores: educação em finanças.

Enquanto isso, internamente, o mercado vai registrando encolhimento do fluxo de entrada de recursos. Perante a volatilidade externa, as empresas estariam reduzindo seu ritmo de captações. Os exportadores, por sua vez, perante expectativa de alta na cotação do dólar, adiam as operações na tentativa de obter ganho maior na conversão da moeda

E o governo segue estudando medidas para aliviar a perda dos exportadores que têm sido prejudicados pela defasagem cambial e para criar atratividade para a moeda dos EUA, sem mexer na política de câmbio flutuante. Depois do ministro Guido Mantega ter admitido, na semana passada, que estuda a possibilidade de permitir que empresas exportadoras que também importam mantenham os dólares no exterior, ontem, o Banco Central colocou em audiência pública uma proposta para redução da exigência de patrimônio para exposições em ouro, moeda estrangeira e variação cambial. Na prática isso reduz o custo de carregamento dessas posições e torna as aplicações mais atrativas

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Pela manhã, as taxas de juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos mostravam alta, sinalizando redução nas compras "em busca da qualidade". Os futuros das bolsas de Nova York subiam. As principais bolsas da Europa também registravam ganhos