Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reduziu o ritmo de alta depois de mais uma abertura negativa das bolsas americanas. Às 11h22m, o Índice Bovespa marcava 9.797 pontos, com alta de 0,38%. O volume de negócios é de R$ 103,2 milhões.
A expectativa da proximidade do anúncio da ajuda financeira do FMI provoca uma queda antecipada das cotações da moeda americana, mas a falta de notícias concretas mantém compradores e vendedores em postura cautelosa.
Também os rumores sobre queda de Ciro Gomes e o avanço de José Serra em pesquisas que estariam para ser divulgadas ajudam a manter os investidores mais esperançosos em uma melhora do cenário, mas somente a confirmação dessa tendência terá efeitos mais significativos no mercado.
O Banco Central promove hoje um leilão conjugado de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) com troca de Notas do Tesouro Nacional da série D (NTN-D) por contrato de swap cambial. As LFTs são títulos pós-fixados e as NTN-Ds e os contratos de swap acompanham a variação do dólar. O objetivo do leilão é melhorar a liquidez do mercado e a qualidade da dívida pública atrelada ao dólar.
O dólar subiu 21,75% em nove dias consecutivos de alta e agora grandes investidores vendem a moeda para recolher esse lucro expressivo, acumulado em pouco tempo.
Ações – Na bolsa paulista, Telemar PN, a ação mais importante da bolsa, inverteu a tendência de alta da abertura e agora recua 0,82%. A bolsa ainda sustenta a valorização graças ao bom desempenho de setores como o bancário, onde as ações sobem com força. Bradesco PN tem alta de 3,68%, Banco do Brasil PN, de 5,6% e Itaubanco PN, 5,28%
Risco-país – O risco-país brasileiro abriu com leve baixa, dando continuidade à tendência dos últimos dias. Às 10h, o indicador calculado pelo banco de investimentos JP Morgan marcava 2.047 pontos-base, com baixa de 0,63%. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, é negociado por 56,18% do seu valor de face, com alta de 1,46%.
Poucas notícias, muitas expectativas – O diretor de câmbio do banco Lloyds TSB, Marcelo Schmitt, afirma que os investidores podem continuar animados até o início da próxima semana, quando o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neill, chega ao Brasil, mas provavelmente não resistirão à falta de novidades sobre a ajuda financeira internacional.
Schmitt considera que o clima ainda é bastante delicado e perigoso, já que a volatilidade está claramente presente. Um exemplo disso é que em um ambiente de poucas notícias e muitas expectativas, o dólar oscilou da máxima de R$ 3,61 na quarta-feira à mínima de R$ 3,14 ontem, numa oscilação de R$ 0,47 de um dia para outro. (Fonte: GloboNews.com )
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