O dólar confirmou os prognósticos da abertura do dia e operou em alta durante toda a manhã, em conseqüência das indicações do Banco Central (BC) dadas na sexta-feira de que vai retirar a previsibilidade de suas atuações. Em comunicado divulgado ao final dos negócios, na sexta-feira, o BC avisou que não anunciará, necessariamente, a realização de leilões de swap cambial reverso (equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro) na véspera, como vinha fazendo. Além disso, no leilão de compra de dólar também na sexta-feira passada, a autoridade monetária comprou um volume estimado em US$ 1,5 bilhão, que também pode sinalizar eventualmente aumento da agressividade.

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A partir do comunicado, operadores consideram que o Banco Central pode, além de não avisar quando será o leilão de swap cambial reverso, utilizar esse instrumento não só para rolagem de contratos, como vinha fazendo até agora. Consideram também que, dentro da estratégia de retirar a previsibilidade de suas atuações, o BC pode mudar o horário de seus leilões de compra de dólar (normalmente realizados à tarde), atuando a qualquer momento.

Na defensiva, os investidores partiram para tomar dólar e absorveram inclusive fluxo positivo observado no segmento financeiro. Entretanto, afirmam operadores, um fluxo poderoso e consistente pode levar o dólar a retomar sua tendência de queda mais cedo ou mais tarde. A Focus, por sinal, trouxe alterações para baixo nas estimativas para o câmbio.

Às 12h15, o dólar comercial registrava valorização de 0,49%, cotado a R$ 2,031. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista tinha alta de 0,47%, a R$ 2,030.

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