O dólar à vista negociado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu em alta de 0,31%, na máxima, a R$ 2,1355. Os índices futuros das bolsas dos Estados Unidos, que têm sido importantes balizadores do comportamento do mercado doméstico de câmbio, operam cada um para um lado. Mas, por enquanto, no ambiente internacional como um todo, o tom negativo prevalece, com as européias registrando queda. O petróleo sobe, ajustando-se às perdas de ontem. O dólar recua ante outras moedas de países desenvolvidos.
O recuo das bolsas na Europa reflete, em grande parte, o negativismo de quinta-feira em Nova York. E, nos EUA, tende a prevalecer a cautela até que sejam divulgados os dados da economia previstos para hoje. O primeiro, o indicador de encomendas de bens duráveis em dezembro, sai às 11h30 (de Brasília). Somente às 13 horas o Departamento do Comércio divulga os dados de vendas de imóveis novos em dezembro.
Ou seja, enquanto Nova York não se definir, o dólar no Brasil deve refletir eventuais ajustes de quem não operou ontem e o caminho que estiver sendo traçado pelo fluxo. Também podem respingar nas cotações do dólar as decisões do mercado de juros. Isso se os investidores em contratos de depósito interfinanceiro (DI) na BM&F fizerem movimentos expressivos em função da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), tomada na quarta-feira, quando a Selic caiu 0,25 ponto porcentual para 13% ao ano. Vale lembrar que essa era a aposta majoritária.