O dólar avança em sua trajetória de queda ante o real e abriu o pregão viva-voz na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) cotado a R$ 1,912. Na quinta a taxa de câmbio caiu 0,85% no dia, para fechar no nível mais baixo desde novembro de 2000. Analistas financeiros dizem que o dólar só volta a subir com novidades externas negativas. Mas por enquanto isso não ocorre e as bolsas internacionais operam no positivo, o que torna a possibilidade de ajuste de alta remota. No entanto, a agenda desta sexta-feira é farta de indicadores relevantes.
Os números aguardados referem-se à economia dos EUA e começam a ser anunciados às 9h30, como a taxa de desemprego de maio. No começo da noite e com eventuais repercussões somente na próxima semana, fala o ex-presidente do banco central americano (Federal Reserve) Alan Greenspan, durante uma feira de livros em Nova York.
O fator que mais ajuda a sustentar as altas das bolsas no exterior, mesmo num dia em que a agenda recomenda cautela, é a continuidade de boas notícias no front corporativo internacional. Para o otimismo do mercado doméstico contribuem as perspectivas positivas para a economia doméstica. Hoje já foi anunciado a inflação de maio medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas), que foi de 0,25% (ficou dentro das previsões), e ainda serão apresentados os dados da balança comercial de maio (às 10 horas). As estimativas dos analistas são de um superávit de US$ 3,9 bilhões a US$ 4,6 bilhões.