Após dois dias de queda, a moeda norte-americana encerrou em leve alta, de 0,19%, a R$ 2,163, tanto no mercado interbancário quanto no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No primeiro caso, o dólar comercial oscilou entre a mínima de R$ 2,161 e a máxima de R$ 2,17. Na BM&F, a mínima foi de R$ 2,1604 e a máxima, de R$ 2,171.
Assim como vem ocorrendo nos últimos dias, os participantes do mercado de câmbio operaram hoje "pontualmente" – expressão que os especialistas gostam de usar para definir os momentos em que as decisões de negócios são tomadas ao sabor de cada novidade que surge, independentemente do cenário de fundo. O primeiro ponto a interferir nas transações do dia foi o resultado do relatório de emprego norte-americano (payroll). No decorrer da manhã, pesaram o fluxo e as expectativas positivas em torno do segundo turno das eleições presidenciais.
O payroll foi a notícia ruim do dia para o mercado doméstico de câmbio. Enquanto no exterior houve reações diversas e contraditórias em determinados momentos e em alguns ativos aos números apresentados, por aqui, a interpretação que prevaleceu entre os investidores em dólar foi de que a economia norte-americana pode experimentar um desaquecimento mais intenso do que o esperado e desejado. O dado que pesou mais foi o de vagas criadas em setembro – 51 mil, ante estimativas de 125 mil.
O recuo do dólar em relação às cotações máximas do dia foi decorrente do fluxo de recursos e de expectativas que o mercado cria em relação ao resultado da eleição presidencial.