A moeda norte-americana fechou pelo oitavo dia útil consecutivo em alta. A valorização desta segunda-feira (27), de 0,97%, fez a moeda terminar o dia na cotação máxima, nos dois mercados. No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou valendo R$ 2,191. A mínima foi de R$ 2,17, estável em relação ao encerramento dos negócios na sexta-feira. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista fechou cotado a R$ 2,191.
Segundo os operadores consultados, as cotações foram sustentadas pela piora das Bolsas em Nova York e da Bovespa esta tarde – por causa da queda externa do dólar e de um movimento de realização de lucros -, e o avanço do risco Brasil – por volta das 16h20, estava na máxima de 225 pontos base (+2 pb). Na Bolsa paulista, o Ibovespa, principal índice, recuava 2,11%, na mínima do dia, às 16h23.
No começo da tarde, os investidores reforçaram a cautela, comprando dólares, reagindo às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que "é preciso discutir a necessidade ou não de reforma da Previdência porque se trata de uma questão social complexa e ainda que não há definição sobre medidas de corte de gastos". "O investidor, especialmente o estrangeiro, conta com as reformas para haver alguma melhora na gestão pública, portanto, a possibilidade de não haver reforma da Previdência preocupa", disse um operador.
A perspectiva sobre a formação da ptax (taxa média) de fim de mês, na quinta-feira, também é levada em conta, uma vez que boa parte do mercado está posicionada na compra e a alta do dólar em tese beneficiaria esses investidores.