O dólar manteve hoje a trajetória de queda pela quinta sessão consecutiva. O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, fechou em baixa de 0,34%, valendo R$ 2,025, a menor taxa desde 5 de março de 2001, quando encerrou a R$ 2,023. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista caiu 0,34%, para R$ 2,0246.
Desta vez, o recuo foi assegurado pelo aumento acima do esperado de postos de trabalho criados em março nos Estados Unidos (180 mil, ante previsões de 142 mil), o que afastou momentaneamente as preocupações com o ritmo da maior economia do mundo e sugeriu a possibilidade de manutenção do juro norte-americano em 5,25% ao ano por um período mais longo. A queda do dólar também foi puxada pelo novo tombo do risco Brasil para inéditos 155 pontos-base, sendo que a mínima do dia foi de 154 pontos-base.
No leilão de compra de dólar realizado à tarde, o Banco Central pode ter aceito, segundo operadores, 12 propostas de 12 bancos, à taxa de corte de R$ 2,024. Após o leilão, a moeda norte-americana reduziu as baixas exibidas, reagindo à volatilidade das Bolsas em Nova York. Segundo um operador, a menor quantidade de dólar no mercado, resultante do leilão do BC também pode ter favorecido esse movimento das taxas, o que levou o dólar comercial a fechar em sua cotação máxima do dia.
