O dólar era cotado a R$ 1,946 no início dos negócios hoje na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), em alta de 0,13%.
O desempenho do mercado acionário internacional é positivo, o dólar cai em relação ao euro e ao iene no exterior e a agenda fraca do dia não inspira grandes cuidados.
No mercado de câmbio brasileiro, o sinal deixado pelos negócios feitos na sessão eletrônica ontem é de alta do dólar. Mas nada indica que essa trajetória possa se sustentar na manhã desta quarta-feira.
Além do cenário externo positivo, o risco país voltou a bater recorde de baixa ontem e as perspectivas em relação à entrada de recursos externos no Brasil continuam sendo favoráveis, o que ajuda a derrubar o preço da moeda norte-americana.
A única nuvem que paira no noticiário interno é política e refere-se às investigações da Polícia Federal sobre corrupção em obras públicas.
O assunto resultou na saída do cargo do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e parlamentares se mobilizam para instalar uma CPI. Mas, até ontem, esses acontecimentos eram relegados a segundo plano no mercado financeiro.
Um aspecto que poderia servir para ajudar a sustentar um resgate de lucros por parte dos investidores hoje seria a crescente perspectiva de que o ritmo de corte da taxa básica de juros do Brasil (Selic) pode ser acelerado.
Mas o argumento é fraco e sozinho, segundo analistas, não segura uma alta do dólar. Especialistas apontam que, em um primeiro momento, essa percepção poderia até acelerar a desvalorização da moeda norte-americana, com investidores entrando no País, tentando se antecipar à aceleração da queda dos juros.