O mercado doméstico de câmbio operou ao sabor do ambiente internacional e do fluxo de recursos na manhã desta quarta-feira (20). Isso determinou a queda das cotações desde a abertura, já que no exterior o clima havia melhorado. Porém, o fluxo, que é negativo na percepção dos especialistas, serviu como limitador para o recuo. Além disso, as quedas das cotações foram em parte devolvidas no fim do pregão, com a mudança das Bolsas de Nova York para o território negativo.
O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, fechou valendo R$ 2,158, em queda de 0,19%, após oscilar entre a mínima de R$ 2,153 e a máxima de R$ 2,159. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista cedeu 0,09%, para R$ 2,158.
A retomada do bom humor lá fora ocorreu no rastro das novas atitudes do governo tailandês. Depois de abalar os negócios ao anunciar a adoção de medidas de controle de capitais, o tigre asiático atenuou sua decisão, ontem. Em resposta, hoje, os investidores voltaram às compras no mercado acionário da Tailândia. A bolsa do país, que tinha registrado queda recorde de quase 15% ontem, hoje recuperou boa parte dessas perdas, apresentando alta de 11,2% e devolvendo a tranqüilidade aos demais mercados.
Por aqui, o mercado contou ainda com a ajuda do relatório de inflação para manter o sentimento positivo. Embora não tenha tido repercussão direta nos negócios com câmbio, o documento do BC animou o mercado de juros, resvalou na Bovespa e foi olhado, ainda que de longe, pelos operadores de dólar. O relatório mostrou redução generalizada nas projeções de inflação para 2007.
