O dólar encerrou em queda pelo quarto dia consecutivo. Por especificidades de calendário, contudo, a queda perdeu ritmo nesta sexta-feira (29). No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou em baixa de 0,05%, cotado a R$ 2,171, após oscilar entre a mínima de R$ 2,166 e a máxima de R$ 2,185. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista registrou desvalorização de 0,21%, fechando a R$ 2,169.
O mercado de câmbio apresentou hoje seu movimento típico de fim de mês: os investidores jogaram todas as suas fichas em busca da ptax (taxa média de câmbio) que mais lhes convém na rolagem de contratos futuros.
Mas houve duas diferenças importantes interferindo também na definição das cotações.
A primeira é que neste mês de setembro o jogo pela ptax foi maximizado pela decisão do Banco Central de liquidar cerca de metade do vencimento de contratos de swap cambial reverso do próximo dia 2, que totaliza US$ 1,6 bilhão. E a liquidação será feita pela ptax de hoje, a exemplo do que ocorrerá com os contratos futuros.
Ainda outro fator mereceu destaque: hoje é o último dia útil que antecede as eleições presidenciais. E os especialistas dividem opiniões na hora de apontar qual desses dois elementos interferiu mais no comportamento habitual do mercado de câmbio e na definição dos preços do dólar.
Com tudo isso, hoje o cenário externo ficou somente como pano de fundo dos negócios e não foi determinante para a trajetória das cotações. Até porque, apesar de a agenda norte-americana exibir dados de relevância, não houve surpresas capazes de deslocar a atenção dos investidores lá para fora.